Pastor polemiza ao se mostrar contrário à medida da bancada evangélica contra lei que legalizava incesto e poligamia
Pastor chamou medida de terrorismo cristão
O Pastor Hermes Fernandes é um dos mais polêmicos pastores do momento. Ele que já peitou Silas Malafaia em pleno twitter , por conta de sua famosa recuperação judicial. Hermes também tentou explicar para o Pastor Cláudio Duarte no instagram, esta semana, o que seria a proposta de Lei que assustou a bancada evangélica , de iniciativa do deputado Orlando Silva. O polêmico pastor falou sobre o assunto em seu instagram.
Hermes Hernandes é filho do famoso Missionário Cecílio de Carvalho, já falecido , que era também uma figura icônica dos anos 80, mas por operar sinas e milagres no Rio de Janeiro. Seu pai chegou a lotar o Maracanã sob o comando da Igreja Casa da Benção. Hernandes parece ter herdado do pai a coragem de peitar o sistema.
O pastor aproveitou o ensejo da polêmica criada pela frente parlamentar em cima do projeto de Orlando Silva, e defendeu que os deputados estão fazendo terrorismo cristão nos altares. Além disso, Hermes também declarou que se os deputados não conseguem interpretar o texto base de uma simples lei, o que farão com a Bíblia?
A frente parlamentar conseguiu mobilizar esforços para tirar de pauta a discussão do projeto de lei que segundo os deputados liberariam o incesto e a poligamia.
Veja abaixo o relato polêmico do Pastor:
“É verdade que há um Projeto de Lei que pretende legalizar o poliamor, a poligamia e o incesto, como têm alardeado alguns pastores nas redes sociais?
Antes de sair por aí espalhando boatos (fakenews), leia você mesmo o tal projeto de lei que já foi apelidado de “Estatuto das Famílias do Século XXI”: Segundo a redação, o Projeto de Lei 3.369/2015 institui em seu segundo parágrafo que: “São reconhecidas como famílias todas as formas de união entre duas ou mais pessoas que para este fim se constituam e que se baseiem no amor, na socioafetividade, independentemente de consanguinidade, gênero, orientação sexual, nacionalidade, credo ou raça, incluindo seus filhos ou pessoas que assim sejam consideradas.” Repare que em momento algum o casamento entre pais e filhos e tampouco o casamento entre mais de duas pessoas é nem sequer sugerido. O que se propõe nele é o conceito de “Família” e não de “casamento.” Tanto no Código Civil (artigo 1.521) quanto no Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848) existem as chamadas situações impeditivas ao casamento, determinando quem não pode se casar. Basicamente, está proibida a união entre:
Ascendentes com os descendentes (parentesco natural ou civil); Afins em linha reta;
O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante;
Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive;
O adotado com o filho do adotante;
As pessoas casadas;
O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o seu consorte;
Se houvesse interesse em mudar o Código Civil através de sua PL, seu autor seria obrigado a inserir em seu texto “Essa Lei altera os artigos tal e tal do Código Civil”. Se não conseguem interpretar um texto simples (ainda que aparentemente confuso para alguns), dando-lhe conotação completamente estranha ao seu propósito, imagine como devem interpretar a Bíblia. Lamentável que pastores se prestem a este papelão na divulgação de mentiras, praticando terrorismo ideológico de seus púlpitos e redes sociais”, defendeu o polêmico pastor.